Hoje, nas escolas de Macondo, capital do Reino de Pasárgada, recomeçaram as aulas de literatura.
Meus amigos, meus inimigos, não quero me limitar a dar definições sobre cultismos e conceptismos barrocos ou o esmiuçar as cento e sessenta e sete caracteríscias bucólicas do Arcadismo; não quero que meus olhos fiquem apenas na superfície dos poemas de Gregório de Matos; não me permito dizer somente que São Bernardo é um livro da segunda geração modernista e blá-blá-blá, blé-blé-blé... Eu quero mais. Eu posso mais!
Por tudo isso, quem abriu aulas em 2008 não foi o “professor” Juvenal, mas o filho bastardo de Manuel Bandeira, o palhaço Bandeirola, nascido em Macondo, capital do Reino de Pasárgada, que recitou poemas de Ascenço Ferreira, de seu pai Manuel Bandeira, de Adélia Prado - que, dizem, teve um tórrido e tempestuoso caso com os olhos verdes de Castro Alves, de Casimiro de Abreu, poeta que já teve oito anos e hoje é ministro da Saudade no supracitado Reino.
O palhaço foi além e leu trechos dos Nosso Antepassados, cujas vidas estão registradas nos relatos de Ítalo Calvino. Sim, meus senhores, Bandeirola, que nas horas vagas faz bico como bobo da corte em Aleph, famoso cabaret situado em Cronópios, coração da zona boêmia de Macondo, leu os inícios de O visconde partido ao meio, O barão nas árvores e O cavaleiro inexistente e reforçou os Direitos imprescritíveis do leitor, de Daniel Pennac.
Hoje fazia uma manhã ensolarada em Macondo e os alunos, pelo que seus olhos deixaram transparecer, aprovaram a investida de Bandeirola.
Afinal, na sopa de letrinhas servida ontem pelo mordomo Carlitos Drummão d'Andrade, todos puderam ler que "LUTAR COM PALAVRAS É A LUTA MAIS VÃ / ENTANTO LUTAMOS MAL ROMPE A MANHÃ"
Juvenal “Bandeirola” Bernardes
5 comentários:
sem comentários, pai!!!
sem dúvidas, se vc não existisse eu teria q te inventar!!
TE AMO
coty
Olha que bacana!!!
p.a.r.a.b.é.n.s!!!!
pena que eu não tive um professor assim!!!
\o/
legal
Postar um comentário