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12 fevereiro, 2008

DESINFORMAÇÕES BIOGRÁFICAS DE BANDEIROLA

Aqui vão, em resumo, algumas informações biográficas sobre BANDEIROLA, o palhaço cujo sonho é semear leitores.

Filho bastardo que Manuel Bandeira (poeta fundador e primeiro soberano do Reino Poético de Pasárgada) teve com sua amante Tereza (a única mulher que tinha cara de perna, muito embora em Pasárgada todos afirmem que ela não era uma mulher, mas uma singela criatura seráfica). BANDEIROLA nasceu no cabaret Aleph, bem no coração de Cronópios, a zona boêmia de Macondo, capital de Pasárgada. Nasceu durante o Período Rococó, que compreende o reinado de seu pai, e que durou de 1968 até 1886, ou seja, exatos e inspirados -82 anos.

Hoje, BANDEIROLA exerce a função de bobo da corte no cabaret Aleph, que continua sendo freqüentado apenas pelos loucos e poetas de Pasárgada, ou seja, toda sua população. Além disso, o palhaço atua no Gran Circo Fantástico Murilão Rúbio de Huidobro Cortázar, que se apresentava diariamente em Macondo - e em breve os nobres cavaleiros e as singelas damas entenderão o porquê da imperfeição pretérita do derradeiro verbo. Aos que desejarem assistir às concorridas sessões deste circo, basta se dirigirem a Macondo, capital do Reino de Pasárgada, a única cidade que não figura nos mapas, pois muda sua localização sempre que é procurada.

Há rumores, em Pasárgada, de que nosso palhaço se encontra perdidamente apaixonado por Adélia Lourenço Henriqueta Meireles Ruiz de Prado Hilst, a Marquesa Capitu, cujos olhos de cigana oblíqua e dissimulada (mais terríveis que os de Medusa) têm o poder de transformar em cera o coração de qualquer imortal que os mirem - caso do nosso desavisado biografado. Dizem as metáforas, que a primeira vez que encontrou a dona de seus amores, o pobre clown - que caminhava despreocupado pelo terceiro verso do segundo quarteto de um soneto de Machado de Assis, mais precisamente na palavra "apetecida" -, foi acometido de um súbito arrepio na espinha provocado por estranha sensação de refrigério estomacal - ou seja, quedou-se de amor. Se essas informações são verdadeiras ninguém pode afirmar ou negar.


A única coisa surrealmente incerta e verdadeira é que BANDEIROLA, acompanhado de toda a trupe do Gran Circo Fantástico Murilão Rúbio de Huidobro Cortázar - ou seja, todos os demais habitantes de Macondo -, deixou sua terra natal para conquistar o coração e os olhos de novos leitores, mesmo aqueles que habitam as mais longínquas e distantes plagas, conquanto que se encontrem muito além dos limites fronteiriços de Pasárgada. Saibam todos os que o encontrarem, que BANDEIROLA adora ser convidado para recitais, tertúlias e saraus, bem como para quaisquer encontros casuais entre amigos, sejam eles leitores ou (ainda) ileitores.

Às nobres e suaves damas e aos singulares cavaleiros, as nossas mais poéticas saudações quixotescas.

2 comentários:

l disse...

que lindo!!

acho que a lulu vai se apaixonar pelo Bandeirola...

e quer ir para Macondo, cavalgando seu Rocinante, deixando seu Reino Encantado.

Anônimo disse...

Nanal gostei muito do Bandeirola e do blog, merece um comentario e admiração de todos.