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21 abril, 2008

+ CULTURA

NO BAR DIA ÚTIL

LANÇAMENTO DO BARKAÇA 3


BANDA MULL
+
BRINDES
+

(clique para visualizar melhor)

3 comentários:

diOli disse...

opa
q bacana hein nanal!
vamos comparecer pessoal!!
chamem seus amigos, levem um parente!!!

Anônimo disse...

AXÉ!

PUTS! VAI SER A FESTA ! VEJO VOCÊS LÁ!!!

MINGAU

NANAL BATATINHA disse...

Pois é...

O negócio do lançamento do BARKAÇA me inspirou a criar um cordel... segue o que já está pronto (work in progress - o resto ainda vai sair. TEM QUE SAIR!!! Até sábado - nos dois sentidos. Ou três)


A PELEJA DOS POETAS CONTRA A FESTA DO BEZERRO


A história que vou contar
Ora a vossas senhorias
É igual a tantas outras
Que encerram sabedorias:
É a do pobre contra o rico,
De David contra Golias,

É a história do duelo
De um pequeno contra um forte.
Viram-se um dia em combate
(quis o destino e a sorte)
O Exército dos Poetas
E um gigante de porte.

Foi na cidade Divina
Onde tudo aconteceu.
Esta cidade mineira,
Pra quem não sabe, nasceu
Pelas mãos de um Candidés
Que por lá apareceu.

A tal Divina cidade,
Cujo título inconteste,
Merecido e já famoso
É “Princesinha do Oeste”,
Estava então dominada
Por uma terrível peste:

Todo ano aparecia
Com estrondoso barulho
Vindos do fundo do inferno
Uns vendedores de entulho
– De um entulho perigoso
Pois que enfeitado em embrulho.

O entulho que se vendia
Era uma coisa esquisita:
Um passaporte pra festa!
(Em festa que necessita
De passaporte eu não vou
– É coisa que se admita?!

Passaporte a gente usa
É pra sair do país
E conhecer o estrangeiro.
O meu, que ainda não fiz,
Não vai ser pra ir em festa;
Vai ser pra Londres, Paris).

Pois foi por causa do envento
Que se deu esta peleja:
Era uma festa embalada
Por música sertaneja,
Mas da pior qualidade
Que o gosto de alguém eleja.

A festa juntava gente
De toda parte do mundo
Vinham, bebiam e comiam,
Deixavam tudo imundo.
E mijavam em todo canto
Tornando o ar nauseabundo.

Era um mijo tão fedido
Que a gente ficava tonto
De respirar tanta amônia.
Mas não era este o ponto
Que incomodava os poetas
E os levou ao confronto.

O problema é que essa festa
Era um tributo ao consumo
De tudo que é porcaria;
Daquilo que afeta o prumo
Da cultura de um povo
E o põe a vagar sem rumo.

Um povo que se acostuma
Ao consumo industrial
Engole tudo que é imposto
Pela indústria cultural.
Perde a massa encefálica
Não julga o que bom ou mau.

Um povo assim vira presa
De sua própria ignorância.
E por não ter senso crítico
Não sabe dar importância
Ao que é da sua cultura,
Ou seja, ao que dá sustância

A sua própria identidade,
Ao que torna ele um povo
Diferente dos demais;
Aquilo que é o seu ovo,
Que está em sua raiz:
O antigo que é sempre novo.

Os poetas se invocaram
Com essa festa cabulosa
E a pasmaceira medonha
Que se tornava horrorosa.
Resolveram então fazer
Um coisa audaciosa: